
Na era da Indústria 4.0, o conceito de controle de qualidade passou por uma transformação profunda. Deixou de ser apenas uma etapa de inspeção ao final da produção e se tornou um motor de excelência operacional, inovação contínua e decisões orientadas por dados.
Antes, o foco era simples: identificar e corrigir falhas. Agora, a meta é prevenir problemas, otimizar processos e gerar valor mensurável para o negócio.
Segundo o relatório “Advancing Manufacturing Quality” da McKinsey (2024), empresas que aplicam práticas de Controle de Qualidade 4.0 reduzem até 30% os custos com não conformidades e aceleram a resposta a desvios operacionais.
Este guia é voltado para profissionais como que enfrentam o desafio diário de estruturar, executar e mensurar iniciativas de qualidade. Se você também busca alinhar inovação, melhoria contínua e governança de processos, este conteúdo é para você.
Aqui, você vai descobrir:
- Como a qualidade evoluiu para um pilar estratégico de inovação.
- As principais ferramentas e métodos da Qualidade 4.0.
- Como implementar um sistema de controle eficiente, orientado por indicadores de qualidade.
- Como transformar o controle de qualidade em uma vantagem competitiva.
O Que é Controle de Qualidade Hoje (e Por Que Vai Muito Além da Inspeção)
Evolução Histórica: Da Inspeção Visual à Cultura Organizacional
O conceito de controle de qualidade nasceu no início do século XX. Naquela época, o principal objetivo das indústrias era evitar que produtos com defeitos chegassem ao cliente final. O processo era manual, baseado em inspeção visual, e acontecia apenas nas últimas etapas da produção.
Com o avanço da produção em massa, surgiram as primeiras metodologias de gestão sistemática. Frederick Taylor, com sua gestão científica, e o desenvolvimento do Controle Estatístico de Processos (CEP) trouxeram uma nova abordagem: padronizar os processos para garantir a qualidade ao longo da produção.
Na década de 1980, movimentos como o Total Quality Management (TQM) e o Lean Manufacturing mudaram definitivamente a lógica do mercado. A qualidade passou a ser entendida como uma responsabilidade coletiva, envolvendo todos os setores da organização, do chão de fábrica à diretoria.
Da Produção em Massa à Indústria 4.0: Uma Transformação de Mentalidade
Hoje, com a chegada da Indústria 4.0, falamos de Controle de Qualidade 4.0: um modelo proativo, preditivo e orientado por dados em tempo real.
As empresas líderes já operam com base em tecnologias que ampliam o alcance da gestão da qualidade, como:
- Internet das Coisas (IoT): Sensores conectados monitoram variáveis críticas em tempo real.
- Inteligência Artificial (IA): Modelos de Machine Learning antecipam falhas antes que aconteçam.
- Análise preditiva e Big Data: Identificam padrões e tendências de não conformidades.
- Integração com KPIs estratégicos: Indicadores como OTIF (On Time In Full), OEE (Overall Equipment Effectiveness) e First Pass Yield são analisados de forma integrada.
Segundo o ASQ Industry Report 2024 (American Society for Quality), empresas que implementam um modelo de Qualidade Integrada e Digital têm 35% mais chances de atingir metas de produtividade e redução de custos.
A Nova Cultura da Qualidade: Colaboração e Melhoria Contínua
Além dos avanços tecnológicos, a transformação é também cultural. O controle de qualidade total deixou de ser uma função isolada. Hoje, é uma competência transversal, que exige colaboração ativa entre engenharia, operações, TI, inovação e até marketing, especialmente em empresas orientadas ao cliente.
Essa nova abordagem conecta governança, inovação e melhoria contínua, criando um ciclo virtuoso de excelência operacional.
Principais Métodos e Ferramentas de Controle de Qualidade
A implementação de um sistema de Controle de Qualidade 4.0 exige uma combinação inteligente entre metodologias clássicas, ferramentas estatísticas consolidadas e tecnologias emergentes. Essa integração garante padronização, melhoria contínua e tomada de decisões baseada em dados concretos.
A seguir, conheça os principais métodos e ferramentas utilizados por empresas líderes como Toyota, Bosch e GE, reconhecidas mundialmente por sua excelência em qualidade e eficiência operacional.
Controle Estatístico de Processos (CEP)
O Controle Estatístico de Processos (CEP) é uma técnica fundamental para monitorar e controlar a variação dos processos produtivos ao longo do tempo. Segundo a ASQ (American Society for Quality), o CEP é uma das ferramentas mais eficazes para reduzir variabilidade e prevenir defeitos antes que eles cheguem ao cliente final.
Benefícios do CEP:
- Identificação precoce de desvios de processo.
- Redução de retrabalho, desperdício e custos operacionais.
- Decisões baseadas em evidências estatísticas.
Exemplos de aplicação:
- Monitoramento de diâmetro de peças usinadas em metalúrgicas.
- Controle de temperatura e pressão em processos químicos.
- Análise de tendências em linhas de montagem automotiva.
Ciclos de Melhoria Contínua: PDCA, DMAIC e Lean Six Sigma
Os ciclos de melhoria contínua são a espinha dorsal de qualquer estratégia de Controle de Qualidade 4.0.
PDCA (Plan, Do, Check, Act)
Ideal para melhorias rápidas e incrementais.
- Plan (Planejar): Diagnosticar o problema e definir o plano de ação.
- Do (Executar): Colocar o plano em prática.
- Check (Verificar): Avaliar os resultados.
- Act (Agir): Ajustar e padronizar as soluções.
DMAIC (Define, Measure, Analyze, Improve, Control)
Parte essencial da metodologia Six Sigma, o DMAIC é indicado para projetos complexos de melhoria de performance.
- Define (Definir): Estabelecer o problema e o objetivo.
- Measure (Medir): Coletar dados e definir a linha de base.
- Analyze (Analisar): Identificar causas raízes com base em análise estatística.
- Improve (Melhorar): Implementar soluções com foco em eficácia.
- Control (Controlar): Garantir a sustentação dos ganhos.
Lean Six Sigma
Combina a eliminação de desperdícios do Lean Manufacturing com a redução de variações do Six Sigma.
Foco principal:
- Aumentar a eficiência dos processos.
- Reduzir variações e defeitos.
- Elevar a percepção de qualidade por parte do cliente final.
Segundo o Lean Enterprise Institute, empresas que implementam Lean Six Sigma conseguem reduzir o lead time em até 50%, além de melhorar indicadores como OEE e First Pass Yield.
As 7 Ferramentas da Qualidade
Conhecidas como o “kit básico” de qualquer analista de qualidade, as 7 Ferramentas da Qualidade foram popularizadas no Japão pós-guerra e continuam sendo essenciais até hoje.
Principais ferramentas:
- Diagrama de Ishikawa (Espinha de Peixe): Identificação de causas-raiz.
- Gráfico de Pareto: Priorização com base no impacto (Princípio 80/20).
- Histograma: Visualização da distribuição de dados.
- Folha de Verificação (Checklist): Registro sistemático de dados.
- Diagrama de Dispersão: Relação entre duas variáveis.
- Gráficos de Controle: Monitoramento de estabilidade de processos.
- Fluxograma: Mapeamento sequencial de atividades.
Aplicação prática:
Times como os de Engenharia de Melhoria Contínua utilizam essas ferramentas diariamente para:
- Analisar falhas de processo.
- Monitorar indicadores como DPU (Defeitos por Unidade) e DPMO (Defeitos por Milhão de Oportunidades).
- Tomar decisões rápidas e baseadas em dados.

Como Implementar um Sistema de Controle de Qualidade Eficiente
Implementar um sistema de Controle de Qualidade 4.0 exige muito mais do que adotar ferramentas isoladas. Trata-se de um processo estruturado, que envolve diagnóstico preciso, definição de indicadores estratégicos, execução disciplinada e reação rápida aos desvios.
A seguir, apresentamos um passo a passo para construir uma estrutura de qualidade robusta, orientada por dados e alinhada aos objetivos estratégicos da organização.
Diagnóstico Inicial e Mapeamento de Processos Críticos
Antes de qualquer ação, é fundamental realizar um diagnóstico detalhado da situação atual. Isso inclui:
- Mapeamento dos processos críticos, identificando os pontos de maior risco de falhas.
- Levantamento de históricos de não conformidades, retrabalho e perdas operacionais.
- Entrevistas com stakeholders de diferentes níveis (operações, engenharia, qualidade, etc.).
- Análise de capacidade de processo (Cpk) para avaliar a consistência das operações.
Ferramentas como o Fluxograma e o Diagrama de Ishikawa podem ajudar nessa fase.
Definição de Indicadores de Qualidade (KPIs)
Com os pontos críticos mapeados, o próximo passo é definir os Indicadores-Chave de Qualidade que vão orientar o acompanhamento e a melhoria dos processos.
Indicadores mais utilizados em Controle de Qualidade 4.0:
- DPU (Defeitos por Unidade): Mede o número médio de defeitos por unidade produzida.
- DPMO (Defeitos por Milhão de Oportunidades): Indicador clássico do Six Sigma.
- Cpk (Índice de Capacidade do Processo): Avalia a estabilidade e a capacidade de um processo.
- OEE (Overall Equipment Effectiveness): Eficiência global do equipamento.
- FTQ (First Time Quality): Percentual de produtos aprovados na primeira inspeção.
Além desses, é importante conectar os KPIs de qualidade aos OKRs estratégicos da empresa, criando uma linha direta entre qualidade operacional e resultados de negócio.
Plano de Ação: Coleta, Análise e Reação Rápida aos Desvios
Após a definição de indicadores, é hora de colocar o plano em prática com um ciclo contínuo de coleta, análise e ação corretiva.
Etapas principais:
- Coleta de Dados em Tempo Real:
Utilizando sensores IoT, sistemas MES ou ERPs integrados, as empresas podem capturar dados operacionais continuamente. - Análise Preditiva:
Com o suporte de ferramentas de Inteligência Artificial, é possível antecipar desvios e agir antes que eles impactem a produção. - Reuniões de Monitoramento (Daily Meetings ou Gemba Walks):
Times de melhoria contínua analisam os indicadores-chave diariamente ou semanalmente. - Ação Corretiva e Preventiva (CAPA):
Quando um desvio é identificado, a equipe deve aplicar métodos como PDCA ou DMAIC para investigar e corrigir as causas-raiz. - Feedback Contínuo:
Incorporar o aprendizado das não conformidades em procedimentos operacionais padrão (POPs) e treinamentos internos.
Dica Prática: Integração com Ferramentas Digitais de Governança da Qualidade
Plataformas como a Quiker, por exemplo, podem ajudar a consolidar todas as etapas em um só lugar: desde o registro de desvios até a geração de relatórios para auditorias e apresentações ao board.
Benefícios da digitalização:
- Centralização das informações.
- Redução de erros manuais.
- Geração automática de indicadores e dashboards.
- Facilidade na gestão de planos de ação.

O Papel do Controle de Qualidade na Cultura de Inovação
O Controle de Qualidade 4.0 vai muito além de ferramentas ou processos operacionais. Ele é um elemento estratégico que fomenta a cultura de inovação, criando um ambiente onde melhoria contínua, experimentação controlada e geração de valor são incentivadas em todos os níveis da organização.
Segundo artigo da Harvard Business Review (HBR, 2023), empresas que integram qualidade e inovação conseguem acelerar ciclos de desenvolvimento de produto e reduzir o time-to-market em até 25%.
Como Engajar Lideranças e Times Operacionais
Engajar diferentes níveis hierárquicos é um dos maiores desafios para consolidar uma cultura de qualidade e inovação.
Boas práticas para engajamento:
- Apresente dados tangíveis: Mostre resultados como redução de retrabalho, aumento de produtividade e melhorias em KPIs como OEE e FTQ.
- Crie rituais de reconhecimento: Valorize colaboradores que propuseram ideias de melhoria.
- Facilite a comunicação: Use dashboards visuais e reuniões rápidas, como daily stand-ups no chão de fábrica.
- Incentive o intraempreendedorismo: Estimule os próprios times a sugerirem soluções para problemas reais de qualidade.
Exemplos reais: Empresas como Toyota e 3M, reconhecidas globalmente por suas culturas de inovação, tratam o Controle de Qualidade 4.0 como um vetor central de engajamento e melhoria contínua.
Governança da Qualidade e Conexão com OKRs Estratégicos
Para que o Controle de Qualidade 4.0 realmente influencie a inovação, ele precisa estar integrado aos OKRs (Objectives and Key Results) da organização.
Exemplo prático de alinhamento entre Qualidade e Estratégia:
- OKR Estratégico: Reduzir em 15% os custos com não conformidades no próximo trimestre.
Key Results associados à qualidade:
- Diminuir o DPMO em 10%.
- Aumentar o índice de First Time Quality em 8%.
- Realizar ao menos 3 eventos Kaizen focados em qualidade.
Além disso, a governança da qualidade deve estar conectada aos fóruns de decisão executiva, garantindo que os dados de qualidade influenciem o roadmap de inovação, o planejamento estratégico e a priorização de projetos.
Controle de Qualidade como Alavanca para o Intraempreendedorismo
O intraempreendedorismo é um pilar cada vez mais valorizado em empresas que buscam inovar de forma estruturada. E o Controle de Qualidade 4.0 pode ser um motor poderoso para essa transformação.
Como o Controle de Qualidade impulsiona o intraempreendedorismo:
- Detectando oportunidades de melhoria com base em dados reais.
- Empoderando times operacionais a propor soluções com base em indicadores.
- Formando squads multidisciplinares, com foco em eliminar desperdícios e melhorar a experiência do cliente.
- Integrando iniciativas de qualidade a programas formais de inovação interna.
Essa abordagem conecta diretamente as rotinas de profissionais que gerenciam plataformas de inovação e que lideram projetos de melhoria com foco em ROI.

Tendências Tecnológicas: Controle de Qualidade 4.0
A transformação digital tem impactado diretamente o modo como as empresas gerenciam a qualidade. No contexto do Controle de Qualidade 4.0, novas tecnologias estão revolucionando a coleta de dados, análise preditiva, monitoramento em tempo real e até mesmo a rastreabilidade de processos.
A seguir, exploramos as principais tendências tecnológicas que estão moldando o futuro da qualidade industrial.
IoT, Sensores e Monitoramento em Tempo Real
O uso de sensores inteligentes e Internet das Coisas (IoT) permite o monitoramento contínuo de variáveis críticas de processo, com atualização em tempo real.
Principais benefícios:
- Detecção instantânea de desvios.
- Acompanhamento de condições de operação, como temperatura, pressão e vibração.
- Geração automática de alertas para operadores e gestores.
- Integração com sistemas MES e ERPs, criando uma base de dados centralizada para análise de performance.
Exemplo prático:
Na indústria automotiva, empresas como a Bosch utilizam IoT para monitorar parâmetros de torque e pressão em linhas de montagem, garantindo 100% de rastreabilidade.
Inteligência Artificial e Análise Preditiva
Com a integração de Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning, o Controle de Qualidade 4.0 avança da simples detecção para a prevenção ativa de problemas.
Aplicações de IA na qualidade:
- Previsão de falhas com base em padrões históricos.
- Análise preditiva para manutenção e qualidade de produção.
- Análise automática de imagens para inspeção visual, com algoritmos de visão computacional.
- Modelos preditivos que sugerem ajustes de processo antes que não conformidades aconteçam.
De acordo com o relatório Gartner 2024 sobre Manufatura Inteligente, empresas que usam IA na gestão da qualidade reduziram em média 28% os custos com não conformidades.
Blockchain para Rastreabilidade e Compliance
Outra tecnologia emergente no Controle de Qualidade 4.0 é o blockchain, que vem sendo aplicado para garantir rastreabilidade de ponta a ponta e compliance regulatório.
Benefícios do blockchain aplicado à qualidade:
- Registro imutável de dados de produção.
- Auditorias automatizadas e transparentes.
- Facilidade para atender exigências de certificações como a ISO 9001 e normas setoriais.
- Confiança nas cadeias de suprimentos, especialmente em setores como alimentos, farmacêutico e aeroespacial.
Exemplo real:
Empresas do setor alimentício, como a Walmart, já utilizam blockchain para rastrear o ciclo de vida de produtos perecíveis, garantindo segurança e qualidade alimentar.
Casos Reais de Sucesso na Aplicação do Controle de Qualidade 4.0
Para entender o verdadeiro impacto do Controle de Qualidade 4.0, nada melhor do que analisar exemplos concretos de empresas que aplicaram essas metodologias e tecnologias com resultados mensuráveis. A seguir, apresentamos três casos de diferentes setores que ilustram como a qualidade pode ser transformada em uma vantagem competitiva real.
Indústria Automotiva: Redução de Defeitos com Análise Preditiva
Empresa: Bosch
Desafio: Reduzir a taxa de retrabalho nas linhas de montagem de motores.
Solução adotada:
- Implementação de sensores IoT para monitoramento de torque e temperatura em tempo real.
- Aplicação de modelos preditivos de Machine Learning para antecipar falhas antes do fim da linha de produção.
- Integração de KPIs de qualidade diretamente no dashboard da liderança de produção.
Resultados alcançados:
- Redução de 32% na taxa de retrabalho.
- Aumento de 18% no índice de First Time Quality.
- Melhoria no tempo de resposta a desvios críticos.
Fonte: Bosch Manufacturing Quality Report, 2024.
Setor de Alimentos e Bebidas: Rastreabilidade com Blockchain
Empresa: Walmart
Desafio: Garantir a segurança alimentar e a rastreabilidade de produtos perecíveis.
Solução adotada:
- Implantação de um sistema de blockchain integrado com o ERP de logística.
- Registro de cada etapa da cadeia produtiva: da origem do fornecedor até a prateleira.
- Automatização de auditorias de qualidade.
Resultados alcançados:
- Redução de tempo de rastreamento de lotes de 7 dias para 2 segundos.
- Diminuição de 25% em recalls de produtos.
- Aumento da confiança dos consumidores na qualidade e procedência dos alimentos.
Fonte: Walmart Blockchain Traceability Case Study, 2023.
Serviços e TI: Monitoramento de Qualidade em Tempo Real
Empresa: IBM (Centro de Serviços de TI)
Desafio: Reduzir o tempo médio de resolução de incidentes críticos com impacto em clientes.
Solução adotada:
- Uso de ferramentas de análise preditiva de dados operacionais.
- Aplicação de dashboards de qualidade em tempo real para monitoramento de SLAs.
- Implementação de um processo de DMAIC para redução de falhas repetitivas.
Resultados alcançados:
- Melhoria de 22% na taxa de resolução dentro do SLA.
- Redução de 15% no volume de incidentes críticos.
- Elevação de 10 pontos percentuais no NPS (Net Promoter Score) relacionado à qualidade do serviço.
Fonte: IBM Global Services Quality Report, 2024.
Esses casos demonstram que o Controle de Qualidade 4.0 é aplicável a diferentes setores, com impactos significativos em eficiência operacional, satisfação do cliente e ROI mensurável.
No próximo tópico, vamos fechar o guia com um checklist prático de implementação e sugestões de próximos passos.
Conclusão: Como Transformar o Controle de Qualidade em Vantagem Competitiva
Ao longo deste guia, vimos que o Controle de Qualidade 4.0 vai muito além de um conjunto de ferramentas operacionais. Ele se tornou um fator estratégico, capaz de alavancar a inovação, melhorar a eficiência operacional e conectar as áreas da empresa a resultados reais e mensuráveis.
Organizações que enxergam a qualidade apenas como uma obrigação regulatória correm o risco de perder competitividade. Por outro lado, empresas que integram o Controle de Qualidade aos seus OKRs, projetos de inovação e programas de melhoria contínua conseguem transformar qualidade em diferencial de mercado.
Checklist Prático: 7 Passos para Implementar o Controle de Qualidade 4.0
Se você chegou até aqui, é hora de transformar o conhecimento em ação. Aqui está um checklist prático para começar:
Mapeie seus processos críticos: Identifique onde os principais riscos de falhas estão concentrados.
Defina indicadores estratégicos: Escolha KPIs que conectem qualidade a metas de negócio (ex.: DPMO, Cpk, FTQ, OEE).
Invista em tecnologia: Avalie o uso de IoT, IA e ferramentas digitais para captura e análise de dados em tempo real.
Integre a qualidade à governança: Alinhe o controle de qualidade aos OKRs e aos fóruns de decisão executiva.
Capacite os times: Promova treinamentos sobre ferramentas como PDCA, DMAIC, Lean Six Sigma e as 7 Ferramentas da Qualidade.
Estabeleça um ciclo de melhoria contínua: Implante rotinas de monitoramento e análise preditiva.
Comunique os resultados: Use dashboards, relatórios e reuniões de acompanhamento para gerar engajamento em todos os níveis.
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Perguntas Frequentes sobre Controle de Qualidade 4.0
1. O que é Controle de Qualidade 4.0?
O Controle de Qualidade 4.0 é a evolução do conceito tradicional de controle de qualidade, incorporando tecnologias digitais como IoT, Inteligência Artificial e análise preditiva. Ele permite monitoramento em tempo real, prevenção de falhas e tomada de decisão baseada em dados, alinhado aos princípios da Indústria 4.0.
2. Quais são os benefícios do Controle de Qualidade 4.0?
Entre os principais benefícios estão:
- Redução de custos com não conformidades.
- Melhoria nos índices de produtividade e eficiência (OEE, FTQ, DPMO).
- Tomada de decisão mais rápida e baseada em dados reais.
- Integração da qualidade com a governança estratégica da empresa.
- Maior engajamento das equipes operacionais e de liderança.
3. Quais tecnologias fazem parte do Controle de Qualidade 4.0?
As principais tecnologias incluem:
- Internet das Coisas (IoT): Monitoramento de variáveis em tempo real.
- Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning: Análise preditiva e detecção automática de desvios.
- Big Data: Análise de grandes volumes de dados de produção.
- Blockchain: Rastreabilidade e compliance em processos regulados.
- Sistemas MES e ERPs Integrados: Conexão entre chão de fábrica e gestão.
4. Como começar a implementar um sistema de Controle de Qualidade 4.0?
O caminho mais indicado segue os seguintes passos:
- Diagnóstico inicial e mapeamento de processos críticos.
- Definição de KPIs de qualidade alinhados aos OKRs da empresa.
- Investimento em tecnologias que suportem coleta e análise de dados.
- Capacitação das equipes em metodologias como PDCA, DMAIC e Lean Six Sigma.
- Criação de um plano de monitoramento contínuo com ações corretivas rápidas.
5. Quais são os principais indicadores de desempenho em Controle de Qualidade?
Alguns dos KPIs mais utilizados incluem:
- DPU (Defeitos por Unidade)
- DPMO (Defeitos por Milhão de Oportunidades)
- Cpk (Índice de Capacidade de Processo)
- OEE (Overall Equipment Effectiveness)
- FTQ (First Time Quality)
- Taxa de Reclamações de Clientes
- Lead Time de Resolução de Não Conformidades
6. Qual a relação entre Controle de Qualidade 4.0 e Inovação?
O Controle de Qualidade 4.0 atua como alicerce para a inovação, pois:
- Fornece dados concretos para tomada de decisão em novos projetos.
- Reduz riscos associados à implementação de novas ideias.
- Aumenta a confiança do board e das lideranças em iniciativas de melhoria.
- Cria uma cultura organizacional orientada a resultados e intraempreendedorismo.
7. Como o Controle de Qualidade 4.0 se conecta com normas como a ISO 9001?
O Controle de Qualidade 4.0 complementa os requisitos da ISO 9001, oferecendo:
- Maior controle sobre evidências objetivas.
- Automação de processos de registro e monitoramento.
- Melhor resposta em auditorias internas e externas.
- Facilidade de rastreabilidade e compliance.
Implementar as práticas da Qualidade 4.0 pode facilitar a obtenção e manutenção de certificações ISO.
8. É preciso um grande investimento inicial para adotar o Controle de Qualidade 4.0?
Não necessariamente. Existem abordagens escaláveis:
- Iniciar com melhorias de processos usando ferramentas Lean e Six Sigma.
- Adotar sensores e sistemas IoT de forma gradual.
- Utilizar plataformas acessíveis (como a Quiker) para gestão de qualidade com foco em resultados de curto prazo.
O mais importante é alinhar o investimento ao ROI esperado e aos objetivos estratégicos da empresa.
9. Como a Quiker pode ajudar na implementação do Controle de Qualidade 4.0?
A Quiker oferece uma plataforma leve, escalável e com foco em resultados, que conecta:
- Registro de desvios e oportunidades de melhoria.
- Acompanhamento de indicadores de qualidade.
- Integração com processos de inovação e melhoria contínua.
- Dashboards prontos para tomada de decisão.
Além disso, a Quiker permite usuários ilimitados, o que amplia o engajamento de toda a organização na cultura de qualidade.