Convenhamos, qualquer sentença com as palavras “transformação” e “digital” juntas fica muito atraente, não é mesmo?
Portanto vamos repensar esse termo, vamos deixar um pouco de lado a palavra “transformação” para discutir somente sobre o impacto da evolução tecnológica nas empresas.
Reflita comigo. Se uma empresa com 5, ou até mesmo 10 anos ainda, pode ser considerada nova?
Além disso, será que nesta empresa já não encontraremos maneiras “mais digitais” de fazer as coisas?
Conquanto a tecnologia avança e se torna mais e mais acessível a uma velocidade cada vez maior. As empresa amadureces, crescem e mudam, novas e melhores opções de processos, serviços e ferramentas surgem quase que simultaneamente.
Então fica fácil imaginar as diferentes fases de uma empresa e as suas demandas gerando mais espaço para a crescente oferta de soluções tecnológicas.
O que ontem era inviável, hoje é uma realidade e amanhã ficou ultrapassado.
Além disso, ao olhar de perto estas operações, podemos nos deparar com diversos processos que podem ser repensados, alguns totalmente abandonados e outros parcialmente beneficiados de alguma maneira por alguma evolução tecnológica mais recente.
Então, o jogo aqui não é uma transformação digital, mas sim aprender a ser mais líquido, fluido e menos sólido e rígido. Portanto o novo “game” é “soft” e não “hard”.
Por isso proponho falarmos sobre um processo contínuo de digitalização da produção e entrega de valor do seu negócio. Sugiro também tratarmos de como podemos criar o hábito de buscar tornar os processos mais fluidos, as interfaces mais amigáveis e a experiência mais humana.
E se você está disposto a levar essa discussão para dentro da sua empresa, sugiro o seguinte passo a passo:
Checklist da Transformação Digital
1. Identifique o valor gerado pela empresa de forma clara. Use o Golden Circle do Simon Sinek para te apoiar a internalizar o conceito de valor no seu time.
Sugestão: faça um de/para com outras empresas, como no caso da Ford que não é uma fabricante e montadora de automóveis, é uma empresa de mobilidade (ou deveria).
2. Mapeie a jornada do cliente. Identifique os pontos de contato dele com a sua empresa, produto e serviço.
Sugestão: compare a jornada do passageiro de táxi com um de Uber e depois faça o mesmo com a sua.
3. Elabore um fluxo de produção de valor. Utilize o pensamento “lean” para classificar na cadeia os processos que entregam valor direto para o cliente.
Sugestão: desenhe um fluxograma simples com os principais pontos da cadeia e ordene por relevância.
4. Construa cenários. Vá buscando formas de preencher as lacunas com ferramentas, soluções e experiências digitais.
Sugestão: envolva seu time, traga pessoas de diferentes idades e áreas, veja um pouco sobre “open innovation” e pense em envolver mais do que só sua equipe.
5. Repita.
Quando deixar de trocar não é mais uma opção, não temos que transformar nada. O que nos cabe é melhorarmos continuamente o processo de troca.
Então, precisamos adotar e internalizar a mudança como a única variável constante.
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