Como medir a eficácia do sistema de gestão da inovação com a ISO 56002

Por que medir a eficácia do sistema de inovação é essencial

Inovação não é só ter ideias — é gerar valor com elas. E para isso, é preciso medir. Afinal, como saber se o sistema de inovação da sua empresa está realmente funcionando, se ele contribui para os objetivos estratégicos ou se precisa ser ajustado?

É aí que entra a importância de medir a eficácia do sistema de gestão da inovação.

Sem indicadores, a inovação corre o risco de se tornar uma “caixa preta”. Projetos surgem, eventos acontecem, ideias circulam… mas ninguém sabe exatamente o que deu certo, o que não deu, e por quê. Isso fragiliza a governança, dificulta a priorização e afasta a liderança da tomada de decisão.

Segundo o relatório Global Innovation 1000 da PwC, empresas que monitoram e analisam seus sistemas de inovação de forma estruturada têm 1,9 vezes mais chance de atingir suas metas estratégicas de crescimento e diferenciação.

Medir bem é um dos pilares da melhoria contínua — e também é um dos princípios centrais da ISO 56002. A norma entende que não existe sistema de inovação eficaz sem métricas, sem análise e sem aprendizado.

Vamos entender, então, como ela propõe esse processo?

O que a ISO 56002 propõe sobre avaliação de eficácia

Avaliar a inovação é mais do que medir entregas. Para a ISO 56002, é uma prática contínua que ajuda a melhorar processos, tomar melhores decisões e gerar valor com consistência.

A norma oferece uma visão ampla, estratégica e adaptável sobre o que significa um sistema de inovação eficaz. A seguir, três grandes princípios que orientam essa avaliação:


Medição integrada ao sistema de gestão

A ISO 56002 propõe que a medição da inovação esteja conectada aos demais sistemas de gestão da empresa. Não se trata de criar uma estrutura paralela, mas de integrar os dados de inovação aos ciclos já existentes — como planejamento estratégico, orçamento e revisão de desempenho.

Com isso, a inovação deixa de ser algo separado e passa a ser tratada como uma capacidade organizacional, acompanhada com a mesma seriedade de outras áreas críticas do negócio.

Essa integração também facilita o engajamento da liderança. Quando os indicadores de inovação aparecem nos mesmos painéis usados para avaliar o negócio como um todo, os gestores passam a considerá-la uma agenda estratégica — e não apenas experimental.


Avaliação do sistema, e não só das ideias

Muitas empresas medem inovação com base no número de ideias geradas ou projetos lançados. Mas isso mostra pouco sobre o que realmente importa.

A ISO 56002 sugere olhar para o sistema como um todo: como as ideias são captadas, avaliadas, priorizadas, desenvolvidas e implementadas. Também propõe avaliar aspectos como tempo de resposta, nível de colaboração, aderência à estratégia e eficiência nos ciclos de execução.

Esse olhar sistêmico permite identificar gargalos invisíveis, alinhar expectativas entre áreas e criar rituais de melhoria contínua.

O objetivo não é só premiar boas ideias, mas entender como o sistema está preparado para transformar ideias em valor.


Aprendizado como métrica de sucesso

Inovação eficaz não é aquela que sempre acerta — é aquela que aprende rápido. E a ISO 56002 trata o aprendizado como um resultado essencial.

A norma recomenda que as empresas criem formas estruturadas de capturar lições aprendidas em cada projeto. Isso pode acontecer por meio de sessões de retrospectiva, relatórios de pós-projeto, registros centralizados e fóruns de compartilhamento.

Mais do que corrigir falhas, o aprendizado permite que a empresa acelere decisões futuras, evite erros repetidos e fortaleça sua cultura de experimentação.

Quando os aprendizados são registrados, compartilhados e reaplicados, o sistema se torna mais maduro e preparado para lidar com a incerteza — exatamente o que a inovação exige.

Indicadores-chave recomendados pela ISO 56002

A ISO 56002 não entrega uma lista pronta de indicadores — e faz isso de forma intencional. Cada organização deve adaptar suas métricas à sua realidade, maturidade e objetivos estratégicos. Ainda assim, a norma propõe categorias de indicadores que ajudam a avaliar inovação de forma abrangente, equilibrando dados de performance com aprendizado e cultura.

A seguir, veja os principais tipos de indicadores sugeridos, com exemplos práticos para cada um.


Indicadores de entrada (input)

Esses indicadores mostram quanto a empresa está investindo em inovação — em termos de tempo, pessoas e recursos.

Exemplos comuns incluem:

  • Orçamento destinado a projetos de inovação (% da receita total)
  • Horas dedicadas por colaboradores a iniciativas inovadoras
  • Número de parceiros envolvidos (startups, universidades, fornecedores)

Essas métricas ajudam a entender se a empresa está realmente priorizando inovação na prática, e não apenas no discurso.


Indicadores de processo

Aqui o foco está na eficiência dos fluxos e na maturidade do sistema. Eles medem como as ideias são geradas, avaliadas, desenvolvidas e implementadas.

Alguns exemplos:

  • Tempo médio do ciclo de inovação (da ideia ao lançamento)
  • Taxa de conversão de ideias em projetos
  • Percentual de projetos com avaliação multidisciplinar
  • Índice de engajamento em campanhas de ideação

Esses dados ajudam a identificar gargalos, melhorar processos e fortalecer a governança do sistema.


Indicadores de resultado (output e outcome)

Muitos gestores querem saber: “O que ganhamos com tudo isso?” É aqui que entram os indicadores de resultado, que mostram o valor gerado.

Exemplos:

  • Novos produtos/serviços lançados no período
  • Receita gerada por inovações
  • Redução de custos operacionais por iniciativas inovadoras
  • Impacto em métricas ESG ou de experiência do cliente

Essas métricas revelam se a inovação está contribuindo para os objetivos do negócio — e com que intensidade.


Indicadores de aprendizado e cultura

Por fim, a ISO 56002 propõe que o sistema de inovação seja avaliado pela sua capacidade de gerar aprendizado e sustentar uma cultura de melhoria contínua.

Indicadores relevantes incluem:

  • Número de projetos com retrospectiva realizada
  • Registro e reuso de lições aprendidas
  • Participação de diferentes áreas em fóruns de inovação
  • Percepção de segurança psicológica entre os colaboradores

Esses dados mostram se a inovação está sendo absorvida pela cultura organizacional — o que garante sua perenidade.



Medir inovação vai além do número de ideias. Envolve capturar o que é invisível: processos, cultura, aprendizagem e valor estratégico. E a ISO 56002 oferece um mapa para fazer isso com equilíbrio e propósito.

Como montar um painel de controle da inovação eficaz

Um bom sistema de gestão da inovação precisa de algo fundamental: visibilidade. Sem um painel de controle claro, os indicadores ficam dispersos, as decisões se baseiam em percepções subjetivas e os aprendizados se perdem. É por isso que montar um painel bem estruturado é um passo decisivo para dar maturidade à inovação dentro da organização.

A ISO 56002 não prescreve uma ferramenta específica, mas recomenda que os dados estejam organizados de forma acessível, visual e integrada.

A seguir, veja os principais pontos a considerar:


Escolha indicadores que representem a estratégia da empresa

O painel não deve ser uma “colcha de retalhos” de dados aleatórios. Ele precisa refletir as prioridades estratégicas da organização.

Por isso, comece definindo quais são os objetivos da inovação no seu contexto: crescimento? Eficiência? Sustentabilidade? Cultura? Cada um desses objetivos demanda indicadores distintos.

Evite métricas de vaidade e foque em dados que ajudem a tomar decisões.


Equilibre métricas de curto e longo prazo

Um erro comum é olhar só para os resultados imediatos — como número de ideias ou novos produtos lançados. Mas a inovação também precisa ser medida pela sua capacidade de gerar valor futuro.

O painel deve incluir indicadores de execução (ex.: ciclo de projeto, engajamento), de valor (ex.: ROI da inovação) e de aprendizado (ex.: lições reaproveitadas, evolução cultural).

Esse equilíbrio permite avaliar não só o desempenho atual, mas também a sustentabilidade do sistema.


Use visualizações simples e acionáveis

Mais importante do que o volume de dados é a capacidade de interpretá-los com agilidade. Por isso, evite excesso de complexidade. Opte por gráficos, painéis de semáforo, rankings e visualizações comparativas.

O ideal é que qualquer gestor consiga, em poucos minutos, entender onde a inovação está indo bem, onde há riscos e onde é preciso intervir.

Também é importante atualizar o painel com frequência e mantê-lo visível em fóruns estratégicos.


Integre com a governança da inovação

Por fim, o painel precisa estar vinculado aos rituais de gestão — reuniões de portfólio, fóruns executivos, revisões de planejamento. Ele não é um relatório para ser arquivado, mas uma ferramenta viva, que alimenta discussões e decisões.

Quando isso acontece, o painel se torna não apenas um reflexo do sistema, mas um instrumento ativo de evolução organizacional.


Um painel de controle bem construído transforma dados em decisões, iniciativas em aprendizado e inovação em estratégia. Com a ISO 56002 como guia, fica mais fácil montar um sistema visual, inteligente e realmente útil.

Boas práticas para análise e tomada de decisão com base em dados

Coletar dados é só o começo. O verdadeiro diferencial das empresas mais inovadoras está na capacidade de interpretar essas informações e agir sobre elas de forma ágil, estratégica e coerente. A ISO 56002 reforça essa ideia ao propor que a análise dos resultados do sistema de inovação seja um mecanismo recorrente de aprendizado e ajuste.

A seguir, veja práticas recomendadas para fazer isso acontecer de forma prática:


1. Crie ciclos regulares de revisão

Analisar dados de inovação não pode ser algo eventual. A ISO 56002 recomenda que a empresa estabeleça rituais de revisão periódicos — mensais, trimestrais ou conforme a cadência dos projetos.

Esses momentos servem para avaliar o progresso, identificar desvios, ajustar estratégias e compartilhar aprendizados. O importante é que esse processo seja recorrente e registrado, gerando histórico confiável.


2. Use fóruns interdisciplinares e executivos

Decidir com base em dados exige envolvimento das pessoas certas. A análise deve ser feita por comitês com representação de diferentes áreas, combinando visões operacionais e estratégicas.

Além disso, envolver a liderança é fundamental. Quando os dados de inovação são apresentados em fóruns executivos — junto com indicadores financeiros e operacionais — eles ganham legitimidade e peso nas decisões.

Esse tipo de governança fortalece o vínculo entre inovação e negócio.


3. Trate os dados como insumos, não como verdades absolutas

Nem sempre os dados vão contar a história completa. Às vezes, eles indicam um problema que precisa de investigação mais profunda; em outras, revelam uma oportunidade escondida.

Por isso, uma boa prática é usar os dados como ponto de partida para conversas e aprendizados, e não como fim em si mesmos. Combine números com insights qualitativos, escuta ativa e feedback dos envolvidos.

Decidir com base em dados é também decidir com consciência e contexto.


4. Capture e compartilhe os aprendizados gerados

Ao final de cada ciclo de análise, registre o que foi aprendido. Quais hipóteses foram validadas? Quais riscos se concretizaram? O que pode ser melhorado?

Esses aprendizados devem ser acessíveis a outras áreas e projetos, para evitar repetição de erros e promover melhoria contínua em todo o sistema.

Quando os dados alimentam decisões e essas decisões viram conhecimento compartilhado, a inovação deixa de ser apenas reativa — e se torna estratégica, adaptativa e cada vez mais eficaz.

Barreiras comuns na avaliação de inovação e como superá-las

Medir inovação é um desafio real. E não apenas por questões técnicas, mas também culturais, estratégicas e organizacionais. Muitas empresas esbarram em obstáculos que dificultam ou até inviabilizam a construção de um sistema eficaz de avaliação.

A boa notícia é que essas barreiras são superáveis — e a ISO 56002 oferece princípios e práticas para enfrentá-las de forma estruturada.

A seguir, veja as principais dificuldades e como contorná-las:


1. Uso de métricas de vaidade

Contar ideias geradas ou eventos realizados pode parecer animador — mas são métricas superficiais, que não revelam impacto real. Quando a empresa se apega a números inflados, perde a oportunidade de medir o que realmente importa: valor gerado, aprendizado consolidado, impacto estratégico.

Como superar:
Alinhe os indicadores aos objetivos da organização. Avalie não só volume, mas qualidade, conversão e resultado. Traga a liderança para a definição das métricas e fuja do “marketing da inovação”.


2. Baixa maturidade na coleta e análise de dados

Outra barreira comum é a falta de estrutura para coletar, organizar e analisar dados de forma consistente. Os indicadores estão em planilhas soltas, os registros são manuais e o histórico se perde a cada ciclo.

Como superar:
Comece simples, com poucos indicadores realmente estratégicos. Use ferramentas que facilitem visualização e automação. Crie rituais de análise e compartilhe os resultados com clareza — isso ajuda a criar cultura de dados no ecossistema de inovação.


3. Falta de governança sobre o sistema de inovação

Quando a inovação não tem uma estrutura clara de decisão e acompanhamento, a avaliação vira um esforço esporádico e desconectado. Não há continuidade, as lições não são reaproveitadas e a liderança se distancia.

Como superar:
A ISO 56002 propõe um modelo de governança com papéis bem definidos, fóruns de acompanhamento e decisões baseadas em evidências. Isso traz previsibilidade e fortalece a confiança da organização no sistema de inovação.


4. Cultura que evita o erro ou esconde falhas

Por fim, uma das barreiras mais profundas é cultural. Quando a organização pune erros ou evita falar sobre falhas, os aprendizados desaparecem. E sem aprender, o sistema de inovação não evolui.

Como superar:
Crie segurança psicológica. Estimule feedbacks sinceros, promova rituais de aprendizado e valorize quem compartilha lições — mesmo que venham de insucessos. Inovação exige coragem, mas também espaço para errar, refletir e ajustar.


Avaliar a inovação é desafiador, mas indispensável. E com uma abordagem estruturada — como propõe a ISO 56002 — é possível superar obstáculos, fortalecer o sistema e transformar dados em decisões com confiança.

O papel da liderança na cultura de mensuração e melhoria

Uma inovação consistente e estratégica começa — e se mantém — com o exemplo da liderança. Não basta apoiar a inovação como discurso; é preciso sustentá-la com atitudes, decisões baseadas em dados e incentivo à melhoria contínua.

A ISO 56002 reforça esse papel como central: cabe à liderança criar condições, direcionamento e cultura para que o sistema de inovação prospere.

E isso não é só teoria. Um estudo da McKinsey & Company (2023) revelou que empresas em que a alta liderança acompanha métricas de inovação regularmente têm 2,2 vezes mais chance de alcançar os resultados esperados com seus programas.

Veja os três principais papéis que os líderes devem assumir:


1. Patrocínio ativo e coerente

Segundo a Boston Consulting Group (BCG), 80% das empresas com inovação de alto desempenho contam com envolvimento direto do C-level nas decisões de portfólio e mensuração de resultados.

Quando os líderes discutem indicadores, revisam aprendizados e tomam decisões baseadas em dados de inovação, enviam um sinal claro à organização: medir é estratégico.

O contrário também é verdadeiro — ignorar os dados ou se envolver apenas nas “vitórias visíveis” enfraquece o sistema.


2. Estímulo ao accountability com segurança psicológica

De acordo com pesquisa da Harvard Business School (Edmondson, 2019), ambientes com segurança psicológica apresentam maior produtividade, criatividade e disposição para assumir riscos.

Na inovação, isso é vital. Os líderes precisam promover uma cultura onde os dados não são usados para punir, mas para aprender. Onde o erro analisado vira ativo de aprendizado — e não motivo de censura.

Essa abordagem encoraja equipes a serem mais francas, a reportarem dificuldades e a testarem hipóteses com mais confiança.


3. Foco em valor estratégico, não apenas em entregas rápidas

A pressão por entregas imediatas pode sufocar a inovação de longo prazo. Em seu relatório “The Strategy and Innovation Gap” (MIT Sloan, 2022), mais de 70% dos líderes entrevistados disseram ter dificuldade em equilibrar execução com visão estratégica.

A liderança precisa atuar como guardião do propósito, garantindo que a mensuração de inovação vá além da produtividade. Ela deve capturar impacto, aprendizado e alinhamento com as grandes metas da organização.

Fazer isso exige presença, visão sistêmica e capacidade de priorizar o que realmente importa — mesmo quando os resultados ainda estão em construção.


Liderar a inovação é liderar com visão, dados e coragem. Quando os líderes assumem o papel de patrocinadores da mensuração e da melhoria contínua, criam as bases para um sistema de inovação resiliente, mensurável e transformador.

Como a Quiker facilita o monitoramento e avaliação da inovação

Colocar em prática um sistema de gestão da inovação eficaz exige mais do que boas intenções. É preciso organização, visibilidade, rastreabilidade e agilidade para transformar ideias em resultados — e riscos em aprendizados.

É nesse contexto que a Quiker atua como plataforma estratégica, facilitando a operacionalização das diretrizes da ISO 56002 com fluidez e simplicidade. A seguir, veja como a Quiker potencializa a mensuração da inovação em diferentes dimensões:


1. Centralização de dados e indicadores

A Quiker permite reunir, em um único ambiente, todos os indicadores relacionados à inovação. Isso inclui KPIs estratégicos, operacionais e culturais — organizados de forma visual, intuitiva e com filtros personalizáveis.

Essa centralização evita perda de dados, reduz retrabalho e permite que os gestores acompanhem a evolução do sistema de forma contínua e confiável.

Além disso, é possível vincular cada indicador a projetos, áreas e metas específicas, facilitando o alinhamento com o planejamento estratégico.


2. Dashboards customizáveis e insights em tempo real

Com dashboards visuais, atualizados automaticamente, a Quiker transforma os dados em insights acionáveis. É possível acompanhar:

  • Indicadores de entrada (recursos investidos)
  • Indicadores de processo (eficiência e engajamento)
  • Indicadores de resultado (impacto e retorno)
  • Indicadores de aprendizado (lições registradas, evolução da cultura)

Essas visualizações ajudam equipes e lideranças a tomar decisões com agilidade, baseadas em evidências reais.


3. Registro de aprendizados e histórico de projetos

Um dos pilares da ISO 56002 é a melhoria contínua baseada em aprendizado. A Quiker apoia isso ao permitir que cada projeto registre suas lições aprendidas, sucessos e falhas — tudo de forma integrada ao sistema.

Essas informações ficam disponíveis para consulta futura, fortalecendo o conhecimento organizacional e reduzindo a repetição de erros.

Também é possível usar tags e classificações para cruzar dados e identificar padrões de desempenho ou recorrência de riscos.


4. Apoio à governança e rituais de gestão

A plataforma permite organizar reuniões de portfólio, fóruns de inovação e ciclos de revisão com base em dados atualizados. Com isso, os rituais de governança se tornam mais objetivos, produtivos e conectados à estratégia.

A Quiker viabiliza uma gestão baseada em dados e conversas qualificadas — o que reduz subjetividade e fortalece a confiança no sistema de inovação.



A Quiker transforma o desafio de medir inovação em uma prática fluida, estratégica e contínua. Ela digitaliza os princípios da ISO 56002, oferecendo às organizações uma forma clara e prática de avaliar o que realmente importa: valor, aprendizado e impacto.

FAQ sobre medição de eficácia na ISO 56002


1. A ISO 56002 exige uma lista específica de indicadores?

Não. A ISO 56002 não define um conjunto fechado de métricas, justamente para permitir que cada organização personalize sua abordagem de acordo com sua realidade, maturidade e objetivos estratégicos.

Ela orienta a criação de indicadores que combinem inputs (recursos), processos, resultados e aprendizado. O foco é garantir coerência com a estratégia e consistência ao longo do tempo.


2. Quantos indicadores são ideais para começar?

Não há um número fixo, mas o ideal é começar pequeno, com poucos indicadores que tenham alto valor estratégico. Três a cinco métricas bem escolhidas já são suficientes para dar visibilidade ao sistema de inovação e criar cultura de mensuração.

Conforme a maturidade avança, novos indicadores podem ser adicionados de forma orgânica.


3. De quanto em quanto tempo devo revisar os dados de inovação?

A ISO 56002 sugere que a avaliação seja contínua, mas recomenda ciclos formais de revisão periódicos — trimestrais ou semestrais, por exemplo.

O importante é que os dados estejam atualizados e que exista um momento institucionalizado para discussão, aprendizado e tomada de decisão.


4. Como envolver a liderança na análise de indicadores?

A melhor forma é incluir os dados de inovação nos fóruns estratégicos da empresa, ao lado de indicadores financeiros e operacionais.

Mostrar a correlação entre inovação e impacto organizacional ajuda a engajar a liderança e legitimar a inovação como uma agenda executiva.


5. Posso usar métricas qualitativas, ou só dados numéricos contam?

Sim, a ISO 56002 valoriza tanto métricas quantitativas quanto qualitativas. Por exemplo: percepções de cultura, aprendizado capturado, qualidade das decisões, engajamento em sessões de ideação.

Essas métricas são essenciais para avaliar aspectos culturais e comportamentais do sistema, que nem sempre aparecem nos números.


6. Como saber se o sistema de inovação está evoluindo?

A evolução se mostra quando os indicadores se tornam parte do dia a dia, os aprendizados são reaproveitados e a liderança usa os dados para tomar decisões mais rápidas e acertadas.

Se sua empresa está ajustando rotas com base nos dados e aprendendo com cada ciclo, é um sinal claro de maturidade crescente.

Conclusão – Medir para aprender, ajustar e escalar com impacto

Inovação sem medição é como navegar sem bússola. As ideias podem até parecer promissoras, mas sem dados, aprendizados e ciclos de revisão, fica impossível saber se estamos no rumo certo.

A ISO 56002 nos lembra que medir é mais do que prestar contas — é um ato de aprendizado organizacional. Avaliar o sistema de inovação permite entender o que funciona, onde estão os gargalos, quais práticas merecem ser escaladas e, principalmente, como gerar valor com consistência.

Não se trata de controlar excessivamente, mas de criar visibilidade e clareza. Quando os dados são bem escolhidos, apresentados de forma simples e usados como base para decisões, a inovação deixa de ser um esforço isolado e passa a ser uma competência estratégica.

Empresas que medem bem inovam melhor. Elas aprendem mais rápido, corrigem rotas com agilidade e tomam decisões mais fundamentadas. Isso é inovação com método — e com impacto real.

A boa notícia é que esse caminho está ao alcance de qualquer organização, especialmente com a orientação certa. E a ISO 56002 é esse guia.

Agora, mais do que nunca, é hora de medir para aprender, ajustar para evoluir — e escalar para transformar.